2004/09/27

Tudo e nada...

Diria que começa aqui:

Pudesse eu não ter laços ou limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Pra poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes.


Sophia de Mello Breyner Andresen

.../...

Mas insistes em perder e encontras o vazio onde flutuas! Ou é no vazio que te perdes para que possas insistir sem laços que te amordacem?

E é sempre tarde... num sopro da madrugada os passos traçam um caminho já pisado... é tarde mas continuas, porque a sensação é de que será ali, a escassos segundos, que encontrarás a essência, o fundamental...

Na escuridão há faces que olham sem ver... que te analisam sem te encontrar a beleza despida, cor de carne, rasgada num olhar que te lanço e que te toca.

Vejo-te... mesmo na distância dos minutos, entendo-te... mesmo que as palavras sejam veladas...

Tu sabes... tudo e nada é o que nos remete para esta essência... eu também sei!

3 Comments:

Blogger ...dina said...

Maria Branco:

É difícil decifrar quem mal se conhece (ou não se conhece de todo…), porém é este o poder da palavra: de as tomarmos como nossas e de reflectirmos sobre elas!

30 setembro, 2004 13:54  
Blogger ...dina said...

Personna:

É nessa “transparência” que te decifro…

30 setembro, 2004 13:54  
Blogger nocturnidade said...

blog de rara qualidade...

amei o texto, a música, as imagens.

belíssimo.

02 outubro, 2004 14:21  

Enviar um comentário

<< Home